Além de Anápolis, as suspensões também atingiram Alexânia, Aparecida de Goiânia, Caldas Novas, Formosa, Goiânia, Hidrolândia e Trindade.
O Detran suspendeu instrutores de autoescolas que estavam envolvidos em práticas fraudulentas durante as aulas.
O Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) realizou uma operação para combater fraudes nas aulas práticas de direção de motocicleta. A autarquia suspendeu 30 instrutores da Categoria A, suspeitos de adulterar o registro das aulas, em oito cidades goianas, incluindo Anápolis.
Além de Anápolis, as suspensões também ocorreram em Alexânia, Aparecida de Goiânia, Caldas Novas, Formosa, Goiânia, Hidrolândia e Trindade.
A fiscalização do Detran identificou que os instrutores manipulavam os horários de início e término das aulas. Além disso, eles ministravam aulas em locais inadequados, como residências e até dentro de carros, sem o uso do uniforme e, em alguns casos, fumando durante as atividades.
Em algumas situações, os instrutores usavam fotos de momentos anteriores para simular a realização das aulas. “Estamos atentos para coibir práticas que prejudiquem a formação de condutores e comprometam a segurança no trânsito”, declarou o delegado Waldir, presidente da autarquia.
“Minha filha estava tirando a CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Quando eu a levava para as aulas, via muitas irregularidades: o instrutor passava a maior parte do tempo no celular, sem prestar atenção no aluno. Fumava, bebia refrigerante durante a aula e, no dia da prova, não dava a mínima para o aluno”, relatou uma internauta sobre a situação. O depoimento reforça a necessidade de medidas mais rigorosas para garantir um melhor aproveitamento das aulas práticas de direção.
Comprovação das aulas práticas de direção
Os Centros de Formação de Condutores (CFCs) credenciados são obrigados a comprovar a realização efetiva das aulas práticas para a emissão da CNH. De acordo com a Resolução 789/2020 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), são exigidas 20 horas de aula para a categoria A e 15 horas para a adição de categoria. Atualmente, o registro das aulas é feito por meio de biometria digital ou facial, ferramenta que os instrutores suspeitos utilizaram de forma indevida.