Anápolis, GO – Na última quinta-feira, o avô A.J.A. e a mãe J.M.A., do estudante A.M.M.A.S., do 2º ano, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), compareceram ao departamento de Ouvidoria da Secretaria Municipal de Educação (Semed) para relatar preocupações sobre o tratamento recebido por A.M. na Escola Municipal E.C.A.
Segundo J.M., ao levar A.M. à escola, ela entrou atrás dele com a intenção de falar com a professora de Atendimento Educacional Especializado (AEE), I. A.M. foi sozinho para a sala, mas ao se aproximar, J.M. encontrou a cadeira de seu filho virada para a parede, em um local previamente preparado para ele, atrás da mesa da professora e entre a mesa e o quadro. A mãe considerou a atitude inadequada, não pedagógica e desestimulante, especialmente para um estudante com TEA.
J.M. também relatou um incidente em que a professora M.G. chamou A.M. de preguiçoso na frente de outros estudantes e pais, afirmando que ele não havia feito nada naquele dia. A mãe destacou que A.M. tem enfrentado dificuldades no processo de alfabetização e precisa de melhor estímulo em suas habilidades socioemocionais, devido à sua sensibilidade ao toque e proximidades físicas.
Apesar das críticas, J.M. reconheceu o bom trabalho da professora I. no atendimento de A.M. no contra turno. No entanto, ela solicitou apoio da Semed para garantir que A.M. seja melhor atendido e devidamente incluído na sala de aula, conforme assegurado por lei.
A Semed reafirmou seu compromisso com a educação de qualidade, acolhimento e inclusão de todos os estudantes, garantindo a máxima integridade e qualidade de ensino para todas as crianças e adolescentes.
DELEGACIA
Compareceu à Sra. J.M na Delegacia Especializada, informando que, na data de ontem, 23/08/2024, às 13h00, seu filho A.M. (7 anos) foi vítima de violência física e psicológica na Escola E.C.A., por parte da professora G. e da diretora J.
A comunicante relatou que, nesse dia, acompanhou seu filho A.M. até a sala de aula e foi para outra sala, da professora AEE. Ao retornar, presenciou que o menor estava com a mesa virada para a parede. Ao perguntar ao seu filho por que a professora o deixava nessa posição, ele relatou que já estava assim há 10 dias e que a professora disse que ele ficaria assim pelo resto da vida.
O menor também relatou que a professora G. passa as tarefas para todos os alunos, menos para ele, e que um dia ela o chamou de “burro” e “sonso”, dizendo que ele não era capaz. A comunicante informou que, no dia da prova do governo na escola, a professora recusou a participação do menor. Em dezembro, A.M. foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista.
A Semed está ciente das denúncias e está tomando as medidas necessárias para investigar o caso e garantir que todos os estudantes recebam um tratamento adequado e inclusivo.