A Anatel se movimentou, após interlocução com assessores do ministro do Supremo Alexandre de Moraes, tembém presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para deixar as operadoras de telecomunicações de prontidão a uma eventual ordem judicial de bloqueio das atividades da plataforma X (ex-Twitter), em decorrência dos ataques que Elon Musk (controlador do X) tem proferido pela plataforma contra o Tribunal Superior Eleitoral e seu presidente.
Musk respondeu uma postagem de Moraes do dia 11 de janeiro com a pergunta: “por que você está exigindo tanta censura no Brasil?”.
Na publicação em que foi feita o questionamento, Moraes elogiava a nomeação de Ricardo Lewandowski ao cargo de ministro da Justiça.
A informação publicada pela jornalista Andreza Matais, do UOL, e confirmada por este noticiário junto a fontes da agência de telecomunicações. Segundo apurou este noticiário, qualquer determinação da Anatel nesse sentido será necessariamente precedida de uma ordem judicial.
Caso o bloqueio venha a acontecer, ele se aplicará a todas as operações de banda larga, inclusive para o serviço Starlink, também controlada por Elon Musk, operado por Musk no Brasil por meio de uma autorização da Anatel, e que conta com 150 mil usuários. Caso Musk, também nessa frente, decida enfrentar as autoridades brasileiras descumprindo uma decisão, as consequências podem, no limite, a uma suspensão do serviço de telecomunicações.
A escalada entre a plataforma X e o TSE começou após o magnata Elon Musk, controlador da rede social, provocar o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, sobre o que chamou de censura à Internet no Brasil. Posteriormente, Musk seguiu a investida ameaçando descumprir as ordens judiciais de restringir conteúdos considerados pelo TSE ilegais à luz da legislação eleitora, inclusive expondo pessoalmente o presidente do TSE em relação a estas ações, que qualificou como censura.