Promotor Douglas Chegury afirma que advogada de defesa e outra colega chegaram á audiência com intenção de tumultuar júri.

O promotor de Justiça Douglas Chegury, que provocou a anulação de um júri após chamar uma advogada de “feia” durante audiência em Santo Antônio do Descoberto, conversou com o Mais Goiás para apresentar sua versão e disse que caiu em uma “armadilha”, criada pela defesa para tumultuar o julgamento.

“Você pode ver que a minha sustentação foi de mais de duas horas, duas horas e trinta, e ela gravou exatamente o momento em que ela se dirige ao juiz e depois a mim, de forma sarcástica, irônica, provocativa e ofensiva, faz essa gravação. Ela então me ofende e me manda um beijo, faz um gesto com a boca. E aí realmente o sangue subiu, a adrenalina em alta… eu tenho 25 anos de casado, sou uma pessoa séria e honesta. Tenho filhos. Eu retorqui. Eu admito que chamei ela de feia. Caí na armadilha deles, porque foi uma armadilha que esses advogados criaram com o objetivo de tumultuar o julgamento”, diz Chegury ao Mais Goiás.

“Pelo áudio você percebe ela diz “tá anulado, tá anulado, revoga a prisão do meu cliente”. Esse era o objetivo deles desde o início. Ao contrario dos demais advogados que estavam lá no processo. E depois ela tenta se colocar de vítima, quando na verdade ela foi a assediadora. Imagina se eu, como promotor de Justiça, tivesse dito pra ela “um beijo pra você. Pra senhora, doutora”. Eu teria sido crucificado”, completa o promotor.

O caso aconteceu na última sexta-feira (22). No áudio que vazou, Douglas Chegury diz: “Não quero beijo da senhora. Se eu quisesse beijar alguém aqui, eu gostaria de beijar essas moças bonitas, e não a senhora, que é feia”. A advogada que representava a defesa na audiência era a criminalista Marília Gabriela Gil Brambilla.

A despeito dos protestos de pessoas que estavam no local, o promotor continuou: “mas é óbvio. Só porque eu reconheci aqui que esteticamente… Eu menti? Tecnicamente ela não é uma mulher bonita”.

Marília pediu pela prisão do promotor e a soltura do cliente dela, mas os dois pedidos foram negados pelo juiz Felipe Junqueira d’Ávila Ribeiro.

Mais Goiás

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