Índice recuou a 51%, enquanto a avaliação positiva e negativa do governo passou a um empate técnico, como apontou nova pesquisa da Genial/Quaest
O aumento da desaprovação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apontado em pesquisa Genial/Quaest, divulgada ontem, acendeu um alerta entre os ministros do governo, que veem necessidade de o petista acenar mais ao centro, principalmente em pautas de costume, como aborto, invasão de terras e legalização das drogas. O levantamento mostra que as declarações críticas de Lula sobre Israel derrubaram a avaliação do petista a seu nível mais baixo neste terceiro mandato, sobretudo entre os evangélicos, grupo majoritariamente alinhado ao bolsonarismo. A desaprovação ao presidente passou de 43% em dezembro para 46% e a aprovação recuou de 54% para 51%; entre o segmento religioso, osque desaprovam saltaram de 56% para 62% e os que aprovam despencaram de 41% para 35%.
Já a avaliação negativa do governo subiu cinco pontos percentuais (34%) e encostou na positiva (35%). Como a margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais, há um empate técnico. A distância entre os grupos que aprovam e desaprovam a gestão petista, que era de sete pontos percentuais na pesquisa anterior, baixou para apenas um. Outros 28% avaliaram o governo Lula como regular.
Neutralizador
Integrantes do primeiro escalão do governo ligados a partidos aliados fizeram chegar ao presidente uma sugestão para que ele passe a dizer em discursos, por exemplo, ser contra a descriminalização do aborto. Eles acreditam que declarações como essa, “de 30 segundos”, podem ser usadas nas redes sociais como forma de neutralizar discursos de bolsonaristas.
O Globo